domingo, 31 de julho de 2011

Rafinha Bastos fala de sucesso e polêmica

Às 10h37min na sala 32 do Hospital Ernesto Dorneles, no dia 5 de dezembro de 1976, em Porto Alegre, nascia Rafael Bastos Hocsman. O garoto judeu cresceu – e muito. Formou-se em jornalismo na PUCRS e foi para os Estados Unidos jogar basquete na Liga Universitária Norte Americana (NCAA). Além de aprender a trabalhar em grupo e a ser competitivo, graças ao basquete, foi nos EUA que ele teve o primeiro contato com o stand up comedy, o que mudou a sua vida definitivamente.

Rafinha criou na internet a “Página do Rafinha”, não só para se comunicar com os amigos do lado de cá, mas também para fazer humor, tirando sarro de gente como Britney Spears, Sandy e Junior e Village People. Logo o Portal Terra se interessou pelo site. Em 2002 ele veio morar em São Paulo, atuando no mercado publicitário, apresentando programas na rede e disponibilizando vídeos no You Tube.

Aos poucos, Rafinha Bastos foi tornando seu nome conhecido, e dois anos depois pisou num palco para se apresentar como comediante, no espetáculo “Mondo Canne”. Com o show de humor “Clube da Comédia Stand Up” tornou-se popular nos bares de São Paulo, ao lado de Diogo Portugal e Oscar Filho.

Boa pinta, com 100 quilos distribuídos em dois metros de altura, Rafinha faz questão de descartar a fama de símbolo sexual, lembrando que quando trabalhava como caixa de supermercado em sua cidade natal era chamado de “o brutamontes do caixa 7”. 

“Comediante faz piada. Simples assim”

Apesar disso, Rafinha já apresentou um programa de humor erótico na rádio 89 FM e atuou na série de televisão Mothern, do canal GNT, o que contribuiu para aumentar o seu fã-clube.

Mas foi com a estreia na bancada do “CQC”, em 2008, que Rafinha ficou sob as luzes da ribalta: o programa jornalístico-humorístico, que vai ao ar nas segundas-feiras à noite na Band, é fenômeno de audiência. Com a fama, o colorado roxo (torcedor do Internacional) pôde engrenar a participação em outro programa na emissora, “A Liga”, dedicado a reportagens investigativas com bom humor e formato diferenciado.

Ao lado de Danilo Gentili, Rafinha abriu em São Paulo o primeiro comedy club do país. Intitulado Comedians Club, ele tem o molde das tradicionais casas americanas do gênero.

Sem dar bola para a censura, o humorista gaúcho conta que está mais ácido do que o normal em seu segundo show solo de stand up comedy, “Péssima Influência”, que ele apresenta hoje em Belém, em duas sessões no Hangar, com apoio da TV RBA.

Elegendo como seus ídolos o pai e o ator Carlos Vilagran (intérprete do Kiko, personagem de Chaves), Rafinha diz gostar de Foo Fighters, Jackson 5 e Rage Against the Machine, mas não é possível saber se tudo que sai da boca dele é verdade ou piada. E foi brincando que Rafinha Bastos concedeu a seguinte entrevista ao CADERNO VOCÊ.

P: Qual o segredo para fazer rir?

R: É ter uma cara engraçada, umas ideias malucas ou pessoas dispostas a rir. Uma das três opções. No meu caso, o texto é fundamental. Não há pirueta que eu faça, que levará o público ao riso, se eu não tiver boas ideias.

P: Você já fazia comédia em público no Rio Grande do Sul? Como foi a tua transição para a vida de humorista e ator?

R: No RS eu era apenas jornalista, mas sempre quis fazer humor na TV. Foi na internet que eu descobri que era engraçado. O palco apareceu anos depois na minha vida, e foi nele que fui vendo a comédia com outros olhos e percebendo que aquele era o meu caminho.

P: Você foi eleito pelo New York Times a pessoa mais influente do twitter, derrotando nomes como Ashton Kutcher e Lady Gaga. O que você pensou quando recebeu a notícia?

R: A primeira foi: o mundo está perdido. A segunda foi: eu sou demais. A terceira foi: que bendito ranking é esse? A quarta foi: tenho que divulgar isso. A quinta foi: preciso de um whisky?

P: Você não teme ser vítima da própria acidez? Incomoda a reação da mídia e da Justiça quando você fala algo mais pesado, como a piada sobre estupro?

R: Sou comediante, e comediante faz piada. É simples assim. Nunca subi num palanque. Tudo foi dito no palco, um ambiente que por si só já carrega uma desconstrução. Descontextualizada, qualquer piada perde a graça e vira agressão.

P: No que o stand up brasileiro se diferencia do americano? O que o torna relevante e não apenas uma cópia do original?

R: Não é uma cópia. É apenas um formato. A língua é diferente, mas as ideias são diversas entre os comediantes, não entre as nações. Com o mundo globalizado, até os temas às vezes são similares. E temos muita gente boa fazendo show, então não acho que perdemos em nada para os outros países.(Diário do Pará)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Liga 26/07/2011- Cigarro

Perdeu o A Liga ontem?Então veja aqui:

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7


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Bjssssss

segunda-feira, 25 de julho de 2011

#CQC 148:Roteiro



                           by:Lina Silva

Confere ai o q vai ter no CQC de hoje :


FOFOCA DE MULHER
CORRENDO ATRÁS DE LULA
DOCUMENTO DA SEMANA: COMO BATER PÊNALTI
APRENDENDO A JOGAR GOLFE
PROTESTE JÁ: UMA PONTE INFELIZ
RESTA UM: MISTER CATRA
CQ TESTE: PAULA TOLLER
MISS BRASIL
TOP 5
POVO QUER SABER: ED MOTTA
CQC 3.0 (após o encerramento da transmissão na TV, o programa continua aqui por 30 minutos na Internet. Para interagir ao vivo com a gente no estúdio, clique aqui)
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AVISO AOS NAVEGANTES: este roteiro é apenas um guia. Poderá sofrer alterações, amputações e inversões até a hora e, principalmente, durante a transmissão do programa, que é ao vivo. Relaxem e divirtam-se. Bom programa a todos!
Band, 22h15

Para ir ao estúdio: registre-se no site oficial CQC
..::..
Agora, o seu VIDEO ou FOTO pode aparecer no CQC. Basta caprichar em apontar algo que você não esteja gostando aí na sua cidade, tomar uma atitude CQC e enviar para o twitter @CQC com a hastag #correndoatras.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Rafinha Bastos: o mais influente do Twitter embarca para o México


Nem cantores, nem grandes celebridades de Hollywood: o feito veio parar nas mãos de um brasileiro.
Embora não exista um troféu para colocar na prateleira da sala, estava consolidado ali um mérito que, para alguém que conta com mais de 2 milhões de seguidores no Twitter, dificilmente poderia ser contestado: Rafinha Bastos é, segundo um dos maiores jornais do mundo, o New York Times, o usuário mais influente da principal ferramenta de microblogging do mundo.
Agora, ele está de passagem comprada para, a convite da diretoria da Campus Party Brasil, e de Paco Ragageles, co-fundador do maior acontecimento tecnológico do mundo, participar da Campus Party México.

A web 2.0 ainda engatinhava quando Rafinha Bastos emergiu do cenário digital para encontrar o seu espaço nas mídias tradicionais.
Embora não seja mistério para ninguém, antes de ser figura conhecida na TV e no stand up comedy brasileiro - antes, também, de estrelar comerciais em rede nacional -, o gaúcho já exibia sua desenvoltura e facilidade para o humor através das paródias musicais que divulgava na extinta Página do Rafinha.
Quatro meses depois do anúncio feito pelo periódico norte-americano, o comediante e jornalista pousa na Cidade do México para trocar uma ideia com os campuseiros da terra que consagrou Roberto Gómez Bolaños e todos os seus inesquecíveis personagens 

Por lá, o apresentador dos programas “CQC” e “A Liga” terá a tarefa de mostrar por que lhe foi conferida tamanha distinção. Não que seja algo simples, afinal, tornar-se referência dentro de um universo que abriga milhões de pessoas não é algo fácil nem para quem tem domínio dos palcos por onde costuma pisar.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rafinha elege melhores lutas e diz por que é fã de MMA



O humorista recebeu a reportagem de UOL Esporte para explicar por que é fã de MMA e eleger suas lutas favoritas. 

Além de confessar sua paixão pelas ring girls, Rafinha Bastos comentou com seu olhar (e humor) peculiar os combates de: Mirko Cro Crop e Gabriel "Napão" Gonzaga (UFC 70), Chuck Liddell e Mauricio Shogun (UFC 97), Anderson Silva e Forrest Griffin (UFC 101), Randy Couture e Rodrigo "Minotauro" Nogueira (UFC 102) e Anderson Silva e Vitor Belfort (UFC 126). 

Descubra porque apresentador do "CQC" e de "A Liga", ambos programas da Band, considera este o esporte mais justo do mundo e veja quais motivos o humorista elenca para que você vire mais um fã da modalidade. 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Liga 19/07 - Vivendo no limite

Perdeu o A Liga ontem?Então veja aqui:


Rafinha Bastos, Thaíde, Débora Vilalba e Sophia Reis colocam uma faca nos dentes e encaram a missão de acompanhar pessoas que desafiam a gravidade, só se movimentam se for em alta velocidade e exploram os limites do corpo diariamente.


Parte 1



Parte 2



Parte 3



Parte 4



Parte 5



Parte 6



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Bjssssssss



terça-feira, 19 de julho de 2011

A Liga 19.07.11

Hoje no programa A Liga o tema vai ser sobre Viver no limite .
Algumas pessoas vivem de coisas simples na vida,mas outras pessoas preferem arriscar sua vida.
Veja ai o video:


Bjsssss

segunda-feira, 18 de julho de 2011

#CQC:147 |Roteiro


Confere ai o q vai rolar no CQC de hoje:
BRASIL x PARAGUAI
ESTRÉIA DE HARRY POTTER
ASSALTO AO BANCO
CONTROLE DE QUALIDADE
PROTESTE JÁ: UM TREM NO MEIO DA CIDADE
DOCUMENTO DA SEMANA: INFIDELIDADE
RESTA UM: JORGE KAJURU
POVO QUER SABER: HORTÊNCIA
TOP 5
CQ TESTE: MAURICIO SHOGUN
CQC 3.0 (após o encerramento da transmissão na TV, o programa continua aqui por 30 minutos na Internet. Para interagir ao vivo com a gente no estúdio, clique aqui)
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AVISO AOS NAVEGANTES: este roteiro é apenas um guia. Poderá sofrer alterações, amputações e inversões até a hora e, principalmente, durante a transmissão do programa, que é ao vivo. Relaxem e divirtam-se. Bom programa a todos!
Band, 22h15

Para ir ao estúdio: registre-se no site oficial CQC
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Rafinha Bastos conta que já levou pedradas de gelo durante show


O apresentador do “CQC”, Rafinha Bastos, revelou à revista “Quem” que já sofreu ataques da plateia durante uma apresentação de stand-up. O comediante conta que uma pessoa chegou a atirar uma pedra de gelo após se incomodar com uma piada.

"Fiz o resto do show com uma mão na frente do rosto. No final da minha apresentação, resolvi desafiar o valentão: ‘Quem me atirou o gelo, se tiver coragem, faça de novo!’. Maldita hora! Levei uma enxurrada de pedras. Parecia chuva de granizo. Acho que o resto da plateia aproveitou para descontar suas frustrações em mim. Foi inesquecível!", explica Rafinha.

A matéria foi realizada após um dos colegas de humor de Rafinha, Ben Ludmer, sofrer uma agressão física durante um show de stand-up. À publicação, Ludmer admite ainda estar assustado com o ocorrido.

"Foi um puta susto o que aconteceu. Eu sou um gordo autodepreciativo, sempre faço piadas comigo mesmo. Foi surreal o momento [em que uma pessoa se sentiu ofendida com uma piada sobre gordos e invadiu o palco]. O que me assusta é se isso virar moda", afirma ele, continuando o relato.

"No dia seguinte, fui para o Rio, fiz exames e voltei para São Paulo. Fiz outro show, mas foi estranho, não estava à vontade. Nunca tinha me sentido tão desconfortável antes. Agora já passou."

New York Times publicará perfil de Rafinha Bastos


Depois de ser eleito a pessoa mais influente no Twitter pelo jornal The New York Times, o comediante e jornalista, Rafinha Bastos, vai ganhar um perfil no periódico feito por Larry Rother.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, o comediante do programa "CQC", da Bandeirantes, foi entrevistado por Rother, que em 2004, quase foi expulso do país por ter sugerido que o ex- presidente, Luis Inácio Lula da Silva, teria gosto por bebidas alcoólicas.

Procurado pelo Portal IMPRENSA, o jornalista não quis adiantar sobre o contéudo da entrevista, mas confirmou que o perfil será publicado ainda este mês no caderno especial de domingo "Arts&Leisure", do NYT
Bastos enfrenta inquérito policial, por causa de piadas consideras preconceituosas e machistas, veiculadas na revista Rolling Stone.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A Liga-Fanáticos 12/07/2011

Perdeu o A Liga de ontem,veja aqui:

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7


Descupa qualquer erro
bjsssss  =D

terça-feira, 12 de julho de 2011

A Liga-12/07/2011 O q vai rolar??

No programa A Liga de hoje,vão falar sobre os FANATICOS.
Rafinha,Sophia,Debora e Thaíde vão conhecer algumas pessoas fanaticas por alguma coisa como video-game,filmes,etc.

Vê ai o q vai rolar no programa de hoje!!


bjsssssss

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Zé Graça Entrevista - Rafinha Bastos

'Eu sou comediante. Comediante faz piada. É simples', diz Rafinha Bastos

 Depois do inquérito instaurado pelo Ministério Público para investigar uma suposta declaração de apologia ao estupro, o humorista Rafinha Bastos disse aoestadão.com.br, por email, que "descontextualizada, qualquer piada perde a graça e vira agressão".
  Divulgação 
O apresentador do CQC e do programa A Liga foi acusado de incentivar o crime em declarações dadas por ele entrevista à revista Rolling Stone, em maio deste ano. Na reportagem, consta que Rafinha teria dito em sua apresentação "Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho."; e "Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade."
A ação foi movida pelo Ministério Público através de um ofício encaminhado ao Departamento de Polícia Judiciária da Capital nesta quinta-feira, 7. "O estupro é um crime. O estuprador é um criminoso que deve ser punido e não publicamente incentivado", justifica a promotora Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar da Capital.

Eu sou comediante. Comediante faz piada. É simples assim.
Nunca subi num palanque. Tudo foi dito no palco, um ambiente que por si só já carrega uma desconstrução.
Descontextualizada, qualquer piada perde a graça e vira agressão.
O absurdo desta história é a exploração que a mídia está fazendo em cima do assunto e ainda mais absurdo é eu vir a público explicar uma piada.
Não goste do que eu digo, não me siga, me odeie, mas não me impeça de falar, de brincar. Espero continuar tendo liberdade pra dizer o que eu quero, por mais absurdo (e engraçado) que isto seja.

Ele chuta o balde:Revista Brasileiros faz entrevista com Rafinha Bastos!!

Rafinha Bastos faria Gregório de Mattos corar. Mas a rejeição por parte de algumas pessoas às suas piadas ácidas e politicamente incorretas na TV e na internet leva o comediante a refletir, sem perder o humor





"Sou gaúcho, critico pra caralho, sério e resmungão." Talvez a melhor definição de Rafinha Bastos seja a que ele mesmo se dá ao explicar por que seu humor é "pesado". O comediante de 34 anos e 2 m de altura parece viver seu auge. Está na televisão na segunda-feira, no programa CQC, e na terça, em A Liga, ambos da Bandeirantes. Tem mais de 2 milhões de seguidores no Twitter, onde foi considerado pelo New York Times a pessoa mais influente do mundo - ou seja, aquela que mais tem a opinião reproduzida por outros usuários. Tem uma agenda de shows de stand up comedy que lota teatros em todo o Brasil, principalmente o seu próprio, o Comedians, em São Paulo, e assiste ao sucesso de seus empreendimentos: o bar GLS Frey Café e o DVD A Arte do Insulto, que em dois meses atingiu a marca de 25 mil cópias vendidas. Trata-se do mesmo show que chamou a atenção dos produtores da Band, em 2007, quando o convidaram para integrar o elenco do CQC.


Com um humor politicamente incorreto que não poupa ninguém - nem golfinhos nem Jesus Cristo -, Rafinha conquistou milhares de fãs e alguns desafetos, o que nunca chegou a incomodá-lo. "Meu objetivo não é me tornar apresentador do programa da tarde da Rede Globo", brinca. Sobre o fato de suas piadas provocarem revolta em algumas pessoas, principalmente pelo Twitter, ele rebate: "Não é porque você faz piada de preto que você é racista, de gay que você é homofóbico".


Mas na tarde em que Rafinha recebeu a Brasileiros no Comedians, o apresentador não estava exatamente em crise, mas passava por um momento de questionamento. A rejeição causada - ao que tudo indica - pela má interpretação de suas tiradas o fez refletir: "Isso nunca tinha me incomodado, mas agora me fez parar para pensar o porquê de as pessoas se incomodarem ou sobre qual é realmente minha preocupação com essa rejeição".

Filho de um médico e de uma dona de casa, e irmão de uma professora de ioga, Rafinha nasceu em Porto Alegre e desde a infância gostava muito de TV. Prestou jornalismo para trabalhar em televisão e chegou a produzir e editar reportagens para um programa voltado a jovens na extinta Manchete. Depois de um ano nos Estados Unidos, onde estudou e jogou basquete na Liga Universitária Norte-Americana (NCAA), pela Universidade de Nebraska-Lincoln, voltou ao Brasil e foi contratado pela RBS, a Globo do Rio Grande do Sul, para produzir conteúdo para seu portal. Sem poder extravasar sua verve artística no trabalho, ele decidiu criar seu próprio site. APágina do Rafinha foi inaugurada em 1999, com o objetivo de abrigar sua produção criativa - um dos principais atrativos eram as paródias de clipes. Já com o intuito de seguir a carreira de comediante, aterrissou em São Paulo em 2003 e fez alguns trabalhos alternativos, como locutor de telessexo e DJ na balada Trash 80's, além de comerciais de TV. Até conhecer os comediantes Marcela Leal e Marcelo Mansfield que o incentivaram a fazer stand up comedy. Ele estreou no gênero em 2004. Casado com uma cenógrafa e pai de Tom, de sete meses, Rafinha leva uma vida bem mais suave do que a imagem dura que muitas vezes passa. Não bebe, não fuma, não usa drogas e gosta de passar o tempo rindo de piadas na internet.



Brasileiros - Você é conhecido por um humor mais agressivo. Muitas vezes, suas piadas repercutem de forma negativa. Isso te incomoda?
Rafinha Bastos - Não preciso ser adorado nem amado por todos. Quem gosta da minha comédia que me acompanhe. Quem não gosta que não acompanhe. Com visibilidade, a rejeição aumenta. Tem mais gente que se ofende com a piada publicada. A piada escrita parece ter um peso maior. Quando ela é falada, a pessoa pode sentir que aquilo é uma ironia, mas quando vai para o papel, às vezes isso não aparece, vira uma agressão gratuita e meu objetivo não é esse, é fazer graça, é fazer comédia. Eu vou testando, acertando, errando, sem limite nenhum. Não faço questão de agradar mais gente, deixando de ser eu mesmo, entendeu? Meu objetivo não é me tornar apresentador do programa da tarde na Rede Globo. Nem tudo sobre o que faço piada é minha opinião. Às vezes, o que falo também não são preconceitos, são simplesmente piadas ou ironias em cima de preconceito. Não é porque você faz piada de preto que você é racista; de gay que é homofóbico, tem uma diferença grande entre a piada e o crime racial, quem não consegue entender essa diferença é idiota. Recentemente, saiu uma matéria sobre mim que repercutiu de forma negativa, isso nunca tinha me incomodado, mas agora me fez parar para pensar o porquê de as pessoas se incomodarem ou sobre qual é realmente minha preocupação com essa rejeição. Tenho uma preocupação única e exclusiva que é com a lei, porque pelo o que eu notei, a lei não protege quem faz piada, isso é uma coisa que preciso pesquisar porque os processos começam a chegar.



Brasileiros - Já tem algum?
R.B. -
 Tem um processo em cima de um vídeo que eu fiz na internet sobre bullying, movido por uma pessoa física, sei lá, um fulano que se sentiu ofendido.

Brasileiros - Apesar dessa rejeição, você é considerado a pessoa mais influente do Twitter, ou seja, aquela que mais tem a opinião reproduzida por outros usuários. O que significa isso?
R.B. -
 Não sei te dizer. Talvez reproduzam porque não gostaram, em revolta. Meu objetivo nunca foi que se reproduzisse em escala mundial o que eu tenho para dizer, eu quero ter meu público, gente que entende o que estou dizendo.

Brasileiros - Você atuou no seriado Mothern, da GNT (sobre mães modernas), que é mais sério, assim como A Liga (programa que trata de grandes temas, como drogas e preconceito). Mas também atua como comediante no teatro e no CQC. Com qual dessas atividades mais se identifica?
R.B. -
 Sou tudo isso que você falou, real e genuinamente. Posso falar de um tema sério, de aborto, por exemplo, e brincar, depois que meu filho nasceu, que eu passei a ser a favor do aborto. São experiências que eu tenho por não carregar esse peso absurdo das coisas, de poder brincar. Às vezes, o humor serve inclusive para aliviar certas tensões. Pode servir de forma terapêutica para muita perda. Outro dia, um menino me parou na rua e falou: "Meu pai morreu, eu criei um texto assim, assado e as pessoas ficam constrangidas". E eu falei para ele: "Não, as pessoas ficam constrangidas não é porque seu pai morreu, mas porque seu texto é ruim, a piada não é boa. Se a piada for boa, ela vai funcionar".

Brasileiros - Qual assunto te atrai mais nos seus trabalhos na TV: a cobertura política, esportiva, cultural?
R.B. -
 No CQC, fiz dois anos e meio do quadro Proteste Já (de denúncia) e todas as coberturas de eleição. Admiro o talento da galera que faz matéria com celebridade, por exemplo. Não me atrai, mas respeito, porque é mais difícil do que fazer Brasília. Porque em Brasília a piada já está lá. E outra, deputado é um representante do povo, ele tem de falar com a imprensa. Se ele vira as costas, já é uma piada. Se você vai falar com a Grazi Massafera ou o Toni Ramos, você não sabe se eles vão querer falar contigo. Podem virar as costas e ir embora e isso não é piada. O que você vai falar para o Toni Ramos depois de todas as piadas que fizeram a respeito de ele ser peludo?

Brasileiros - Qual o limite entre o que é piada e o que é desrespeito ao artista? 
R.B. -
 Por isso que eu te digo que acho difícil, porque você está tratando direto com a pessoa, tem de ter um pouco de sensibilidade para saber de que lado você vai, onde você bate. É um artista, aí o cara fica puto e te fode com todos os outros, todo mundo te acha um trouxa.

Brasileiros - Improvisa muito no CQC?
R.B. -
 Tem bastante improviso, mas eu diria que 85% é roteiro.

Brasileiros - Vocês são amigos fora dali?
R.B. -
 Não. Não por eu não gostar das pessoas, é porque nosso convívio é pequeno. O (Marco) Luque e o (Marcelo) Tas são caras de quem eu gosto muito, mas é assim, a gente não se encontra durante a semana para beber cerveja.

Brasileiros - O que te faz rir? 
R.B. -
 Dou risada das coisas que as pessoas mais simples dão, um tombo, um peido. Agora, com a criação da comédia, não sei dizer o que me faz rir, mas eu respeito muita gente.

Brasileiros - Por exemplo?
R.B. -
 Toda essa geração antiga que faz comédia. Às vezes, me perguntam se eu assisto Zorra Total, A Praça é Nossa. Não tem como criticar isso porque eles pavimentaram uma estrada para mim. Se hoje eu quebro um pouco paradigma, é porque existe algo sendo feito.

Brasileiros - Você se diverte, por exemplo, com filmes do Mister Bin?
R.B. -
 Não. Não gosto de cinema. E teatro só costumo ver peças dos amigos.

Brasileiros - O que faz nas horas livres?
R.B. -
 Gosto de ficar na internet, de escrever, fazer vídeo, criar coisas sempre. Ler blogs americanos de comédia, ficar no YouTube, gosto de ver os maiores absurdos, de interagir.

Brasileiros - Como é subir ao palco? Já se sentiu fragilizado?
R.B. - 
Acho que sim. Depende de onde eu vou. Se as pessoas vieram me assistir, estão dispostas a me ouvir, mesmo que não achem muito graça, porque, às vezes, faço umas piadas de bosta, que não funcionam. Pesquisar e desenvolver o texto são processos, para mim, muito dolorosos. Tem gente que faz isso com o pé nas costas, eu não. Sou muito crítico. Se a piada funciona um pouco, já tiro, sou perfeccionista.

Brasileiros - Mas o que vale mais: o texto ou a forma como ele é contado?
R.B. -
 Depende da pessoa, para mim 60% é texto. Também tem a minha maneira, mas as piadas que construí sei que funcionam para qualquer um, principalmente quando são assuntos como o casamento, a TPM. Quando a mulher comete um crime e se prova no Tribunal que ela estava de TPM, ela é absolvida, daí vem o nome do absorvente Sempre Livre. Qualquer um falando isso vai funcionar, mas eu sei quantas vezes testei isso para que conseguisse ter uma métrica boa, para que a palavra certa saísse, para que não gaguejasse, para acertar o verbo a mais que estava me atrapalhando.

Brasileiros - É tudo estudado?
R.B. -
 É tudo estudado e tudo fica do jeito que eu falo, com o meu tempo, a minha música, porque se a pessoa pega o meu DVD e faz em Cacimbinhas do Oeste, ela vai ter 70% do meu riso, agora, se essa pessoa pegar o texto do Marcelo Adnet ou do Marco Luque ou do Oscar Filho, não vai conseguir fazer, porque existe a interpretação, os três são atores. O Oscar tem um gato que ele imita, o Adnet tem uma música que ele canta como José Wilker e o Luque tem o motoboy, que ninguém consegue fazer, agora, no meu caso, é só texto. Na internet, eu faço as minhas merdas.

Brasileiros - Você tem medo de que alguém roube as suas piadas?
R.B. -
 Roubam. Aconteceu de o Sérgio Mallandro ir ao programa da Eliana e falar um texto meu: "Casamento é um momento mais feliz para a mulher do que para o homem, não é à toa que na cerimônia ela usa branco e ele, preto. O homem quando está solteiro quer casar e quando está casado quer morrer". Liguei para o cara e ele falou: "Rafinha, eu não fiz seu texto, eu estava sentado com a Eliana e comentei uma história que eu ouvi de um amigo meu em um churrasco". Pode ser, porque meu texto está na internet desde 2005, já tem 4 milhões de visitas. Muita gente decora essa porra, e o cara pode ter falado no churrasco. Ele ouviu e contou na Eliana, aí vou dizer que roubou? Ele pediu desculpas. Cada caso é um caso, mas tem gente que faz isso e acho criminoso.

Brasileiros - É verdade que já foi agredido em um show por alguém da plateia?
R.B. -
 Tinha um casal sentado bem na frente e a mulher não parava de falar. Aí, eu sacaneei, falei uma coisa assim: "Por que você não enfia o pau na boca dela para ela ficar quieta?". Um negócio absurdo, uma agressão, porque realmente ela não calava a boca, mas, naquele momento, foi uma piada e as pessoas riram. Aí, o cara jogou gelo, eu tirei sarro, eu desviava, tudo vira piada quando se está em cima do palco. Jogou um, dois, três gelos e não aparecia segurança para segurar o cara.

Brasileiros - Como constrói suas piadas? 
R.B. -
 Às vezes, a partir do cotidiano, outras em cima de notícias. Atualmente, tenho muita piada da gravidez da minha mulher, do nascimento do meu filho, que é o que estou vivendo no momento. Então, é a partir da vida.

Brasileiros - Sua mulher não se sente invadida?
R.B. -
 Não. As duas únicas entidades que podem me fazer ficar constrangido são meus pais e minha mulher, e eu nunca tive problemas com nenhuma delas. Mesmo que meu filho no futuro se sinta ofendido, vou dizer: "O papai paga as contas desse jeito meu filho".

Brasileiros - Você diz que não bebe, não fuma, não usa drogas. 
R.B. -
 Sempre fui cara de pau para fazer as coisas que eu achava que iam ser legais e mesmo as coisas mais absurdas, dançar na plataforma da balada, por exemplo, e nunca precisei de nada nem de cerveja para fazer essas coisas.

Brasileiros - Qual a sua ambição hoje? 
R.B. -
 Não quero ser menor nem maior. Eu já quis muito, sou um cara competitivo, acho que eu tenho vontade de ser do caralho, mas essa noção de ser do caralho mudou muito. Hoje é manter princípio, ideal, é lutar, falar. Você me pegou em um momento em que eu estou me questionando muito. Será que vale a pena aumentar esse debate ou, em vez de estar conversando aqui, eu deveria estar na minha casa bolando piada? Não é uma crise, mas um questionamento. Será que vale a pena eu falar de liberdade de expressão? Estou com um DVD no mercado e quero que seja um sucesso, meu projeto é que isso seja um diamante de vendas.



#CQC 146-Roteiro

BRASIL x PARAGUAI
FESTIVAL DE CINEMA DE PAULÍNIA
EDUCAçÃO DOS FILHOS DOS DEPUTADOS
PREMIO DA MUSICA BRASILEIRA
PROTESTE JA: SEM CASA
DOCUMENTO DA SEMANA: TAMANHO DO PÊNIS
RESTA UM: PLINIO DE ARRUDA SAMPAIO
O POVO QUER SABER: ALEXANDRE HERCHCOVITCH
FILME CILADA.COM
TOP 5
CQ TESTE: MAURICIO SHOGUN
CQC 3.0 (após o encerramento da tran com eles no estúdio, clique aqui)
AVISO AOS NAVEGANTES: este roteiro é apenas um guia. Poderá sofrer alterações, amputações e inversões até a hora e, principalmente, durante a transmissão do programa, que é ao vivo. Relaxem e divirtam-se. Bom programa a todos!
CQC,as 22h15 (as vezes com uns atrasos mas ta valendo)na Band!!

Para ir ao estúdio: registre-se no site oficial CQC